RAIL3 surpreende: prejuízo de R$ 259 milhões assusta, mas tem reviravolta para 2025!
Com prejuízo de R$ 259 milhões no 4T24, RAIL3 aposta em investimentos bilionários para 2025. O que esperar do futuro da operadora ferroviária? Confira as projeções.
2/21/2025


A Rumo S.A. (RAIL3), maior operadora ferroviária do Brasil e parte do grupo Cosan (CSAN3), divulgou seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2024, reportando um prejuízo líquido de R$ 259 milhões. O resultado reverte o pequeno lucro de R$ 1 milhão registrado no mesmo período de 2023 e surpreendeu parte do mercado. Apesar do resultado negativo, a companhia registrou crescimento na receita e no EBITDA, além de apresentar projeções otimistas para 2025.
Resultados do 4T24: prejuízo, mas com crescimento operacional
Embora tenha fechado o trimestre no vermelho, a Rumo apresentou um crescimento expressivo na receita operacional líquida, que avançou 32,4% em relação ao quarto trimestre de 2023, atingindo R$ 3,463 bilhões. O EBITDA ajustado também teve um aumento significativo, subindo 38,1% e chegando a R$ 1,667 bilhão.
O principal fator que impactou o lucro líquido foi o aumento das despesas financeiras, impulsionado pelo crescimento do endividamento e pelo custo de capital mais elevado ao longo do ano. Mesmo com esse cenário, a alavancagem financeira da Rumo caiu para 1,4x no final de 2024, comparada aos 1,8x registrados em 2023, indicando maior solidez na estrutura de capital da companhia.
Investimentos e expansão
A Rumo continuou seus planos agressivos de investimento em infraestrutura ferroviária. No quarto trimestre de 2024, a empresa destinou R$ 1,912 bilhão para investimentos, um aumento de 56,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, os investimentos totalizaram R$ 5,523 bilhões, representando um crescimento de 47,8% em comparação com 2023.
Os aportes foram direcionados principalmente para a expansão e modernização da malha ferroviária, aquisição de novos vagões e locomotivas, além do avanço nos projetos de novas concessões, como a Ferrovia Norte-Sul e os investimentos na Malha Central.
Desafios enfrentados em 2024
Apesar do crescimento operacional e da melhora em indicadores como o EBITDA e a redução da alavancagem, alguns fatores pesaram sobre os resultados do 4T24 da Rumo:
Despesas financeiras elevadas: O aumento da taxa de juros e o crescimento do endividamento impactaram negativamente os resultados da companhia.
Custos operacionais maiores: Houve pressão nos custos com manutenção, combustíveis e mão de obra, o que afetou as margens da empresa.
Condições climáticas adversas: Algumas regiões enfrentaram problemas climáticos que impactaram o transporte ferroviário, reduzindo a eficiência operacional em determinados trechos da malha ferroviária.
Projeções para 2025 (guidance)
Apesar dos desafios, a Rumo manteve projeções otimistas para 2025, reforçando seu compromisso com crescimento sustentável e expansão da infraestrutura ferroviária no Brasil. A empresa divulgou as seguintes metas para o ano:
EBITDA ajustado: estimado entre R$ 7,2 bilhões e R$ 7,7 bilhões.
Volume de transporte: entre 81 e 84 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU).
Investimentos (Capex): entre R$ 5,3 bilhões e R$ 5,8 bilhões.
A companhia acredita que os investimentos em tecnologia e infraestrutura continuarão trazendo ganhos de eficiência e competitividade no longo prazo.
O que esperar da Rumo em 2025?
Mesmo com o prejuízo no último trimestre de 2024, a Rumo segue uma trajetória de expansão e fortalecimento de suas operações. A expectativa é que os investimentos em infraestrutura resultem em maior capacidade de transporte e ganhos de eficiência nos próximos anos.
Os analistas do mercado avaliam que a empresa está bem posicionada para aproveitar oportunidades no setor ferroviário, principalmente com o crescimento das exportações agrícolas e a busca por soluções logísticas mais eficientes no Brasil. No entanto, fatores como custos financeiros e variações na demanda por transporte de cargas ainda serão desafios a serem monitorados.
A performance da Rumo ao longo de 2025 dependerá de sua capacidade de equilibrar investimentos e rentabilidade, além de como a companhia enfrentará desafios externos, como mudanças no cenário macroeconômico e a volatilidade das commodities transportadas por suas ferrovias.
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