Na Derrocada do Magalu, a Família Trajano Perdeu Mais do que Qualquer Investidor – e Mantém a Aposta

Na crise do Magalu, a família Trajano perde mais que dinheiro: um legado. Mas mantém a aposta, investindo em inovação e serviços financeiros para reerguer a empresa.

2/14/2025

Loja da Magazine Luiza.
Loja da Magazine Luiza.

Nos últimos anos, a Magazine Luiza, ou Magalu, como é carinhosamente conhecida, tornou-se um dos casos mais emblemáticos do mercado brasileiro. Sob o comando visionário de Luiza Helena Trajano e, posteriormente, de sua sobrinha Frederico Trajano, a empresa emergiu como uma das líderes do varejo digital no país, conquistando a admiração de investidores e consumidores. No entanto, os ventos desfavoráveis da economia, a volatilidade do mercado e os desafios internos levaram a uma significativa desvalorização das ações da empresa, impactando não apenas os investidores, mas, sobretudo, a família Trajano, que viu uma parte considerável de seu legado e patrimônio ser afetada.

A queda nas ações do Magalu, que chegou a valer mais de R$ 100 por ação em 2021, mas sofreu uma desvalorização acentuada nos anos seguintes, reflete os desafios enfrentados pela empresa em um cenário de alta inflação, juros elevados e mudanças no comportamento do consumidor. Para os investidores, a volatilidade faz parte do jogo. Mas para a família Trajano, a história é diferente. A empresa não é apenas um negócio; é o resultado de décadas de trabalho, dedicação e um legado que começou em 1957, com a primeira loja física em Franca, no interior de São Paulo.

Luiza Helena Trajano, uma das figuras mais respeitadas do empreendedorismo brasileiro, transformou o Magalu de uma rede regional em um império nacional, com forte presença no e-commerce. Sua liderança visionária e seu compromisso com a inovação e a inclusão social fizeram da empresa um símbolo de sucesso e resiliência. No entanto, a recente desvalorização das ações trouxe à tona uma realidade dura: a família Trajano, que detém uma participação significativa na empresa, viu seu patrimônio líquido encolher drasticamente. Em termos financeiros, a perda é colossal, mas o impacto emocional e simbólico é ainda maior.

Apesar dos desafios, a família Trajano mantém sua aposta no Magalu. Para eles, a empresa não é apenas um ativo financeiro, mas um projeto de vida. Frederico Trajano, atual CEO, tem reiterado o compromisso com a transformação digital e a expansão dos serviços financeiros da empresa, como o Magalu Pay, como pilares para a recuperação e o crescimento futuro. A família acredita que a crise atual é um momento de ajuste, não de desistência.

A confiança da família Trajano no futuro do Magalu é um reflexo de sua história de superação. Desde os tempos em que era uma pequena loja de departamentos até se tornar uma gigante do varejo digital, a empresa enfrentou inúmeros desafios e sempre soube se reinventar. A atual crise não é diferente. Para Luiza Helena e sua família, o Magalu é mais do que uma empresa; é um símbolo de resistência e inovação, um legado que transcende gerações.

Enquanto os investidores podem entrar e sair do negócio conforme as condições do mercado, a família Trajano permanece firme, apostando no futuro da empresa que construíram com tanto esforço e dedicação. A derrocada do Magalu pode ter sido um golpe duro, mas a história da família Trajano e da Magazine Luiza está longe de terminar. E, como sempre, eles estão dispostos a lutar para escrever o próximo capítulo.

A Resiliência da Família Trajano e o Futuro do Magalu

A trajetória da Magazine Luiza é, em muitos aspectos, a trajetória da própria família Trajano. Desde que Luiza Helena assumiu a liderança da empresa, no início dos anos 1990, o Magalu passou por transformações profundas que refletem não apenas a evolução do varejo no Brasil, mas também a visão de uma família que sempre esteve à frente do seu tempo. A entrada no mercado digital, por exemplo, foi uma aposta arriscada e visionária, que colocou a empresa em um patamar de destaque no e-commerce nacional. Hoje, em meio à turbulência do mercado, essa mesma visão de futuro é o que sustenta a confiança da família Trajano na recuperação do Magalu.

A desvalorização das ações da empresa, que chegou a perder mais de 80% de seu valor de pico, é um reflexo de fatores macroeconômicos e setoriais que vão além do controle da administração. A inflação elevada, o aumento dos juros e a retração do consumo afetaram não apenas o Magalu, mas todo o setor de varejo. No entanto, a família Trajano enxerga além dos números. Para eles, o Magalu é uma empresa que sempre soube se adaptar às mudanças e, mais do que isso, antecipá-las.

Um dos pilares dessa adaptação é a diversificação dos negócios. Além do e-commerce, o Magalu tem investido pesado em serviços financeiros, como o Magalu Pay, que busca conquistar espaço em um mercado cada vez mais competitivo. A empresa também tem ampliado sua presença no setor de logística, com investimentos em centros de distribuição e parcerias estratégicas para garantir entregas mais rápidas e eficientes. Essas iniciativas são parte de um plano maior de transformação, que visa consolidar o Magalu como uma plataforma de serviços integrados, indo além do varejo tradicional.

Outro aspecto que merece destaque é o compromisso da família Trajano com a inovação e a cultura organizacional. Luiza Helena sempre defendeu que o sucesso de uma empresa vai além dos números; está diretamente ligado à forma como ela se relaciona com seus colaboradores, clientes e a sociedade. O programa de trainee do Magalu, por exemplo, é reconhecido por sua ênfase na diversidade e inclusão, refletindo os valores que a família Trajano sempre buscou promover. Essa cultura forte e engajada é um ativo intangível que pode ser decisivo para a recuperação da empresa.

Apesar dos desafios, a família Trajano mantém uma postura otimista e pragmática. Eles sabem que o caminho para a recuperação não será fácil, mas também sabem que têm as ferramentas e a experiência necessárias para enfrentar os obstáculos. A história do Magalu é repleta de momentos em que a empresa precisou se reinventar, e cada uma dessas reinvenções foi marcada por decisões difíceis, mas visionárias. A crise atual não é diferente. Para a família Trajano, é mais um capítulo em uma história de resiliência e superação.

Enquanto muitos investidores podem ver a queda das ações como um sinal de alerta, a família Trajano vê uma oportunidade de fortalecer ainda mais os alicerces da empresa. Eles continuam comprometidos com o projeto que construíram ao longo de décadas, e acreditam que o Magalu tem potencial para não apenas se recuperar, mas também para se consolidar como uma das empresas mais inovadoras e relevantes do Brasil.

No final das contas, a derrocada do Magalu é um teste não apenas para a empresa, mas para a própria família Trajano. E se a história nos ensina algo, é que essa família sabe transformar desafios em oportunidades. O futuro do Magalu pode ser incerto, mas uma coisa é certa: a família Trajano continuará lutando por ele, com a mesma determinação e paixão que sempre os guiou.

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