IPCA registra 0,16% em janeiro, menor taxa para o mês em 30 anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro ficou em 0,16%, registrando uma queda de 0,36 ponto percentual (p.p.) em relação à taxa de dezembro, que havia sido de 0,52%. Esse resultado representa o menor IPCA para um mês de janeiro desde a implantação do Plano Real, em 1994. Em dezembro de 2024, a variação havia sido de 0,42%. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 4,56%.

2/11/2025

feira de alimentos com cenoura, pepino, pimenta.
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O grupo Transportes, com alta de 1,30% e 0,27 ponto percentual (p.p.), seguido do grupo Alimentação e bebidas (0,96% e 0,21 p.p.) são os grupos com as maiores variações positivas no IPCA de janeiro. O grupo Habitação, com queda de 3,08% e -0,46 p.p. de impacto contribuiu para conter o índice do mês.

O táxi também apresentou alta de 1,83%, impulsionado por reajustes de 7,83% no Rio de Janeiro e 4,79% em Salvador. Em São Paulo, os preços do trem e do metrô subiram 3,00%, devido ao reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 6 de janeiro. A integração do transporte público na capital paulista também registrou alta de 4,53%, refletindo os reajustes mencionados e as gratuidades nos feriados.

No segmento de combustíveis, houve aumento de 0,75%, com destaque para o etanol (1,82%), óleo diesel (0,97%), gasolina (0,61%) e gás veicular (0,43%).

Já o grupo de Alimentação e Bebidas teve alta de 0,96%, marcando o quinto aumento consecutivo. A alimentação no domicílio subiu 1,07%, puxada principalmente pela cenoura (36,14%), tomate (20,27%) e café moído (8,56%). Por outro lado, houve quedas significativas na batata-inglesa (-9,12%) e no leite longa vida (-1,53%). A alimentação fora do domicílio desacelerou, passando de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro, com variações menores tanto para lanches (0,94%) quanto para refeições (0,58%).

No grupo de Habitação, a queda de 3,08% (-0,46 p.p.) foi influenciada principalmente pela redução de 14,21% na energia elétrica residencial, que impactou o índice em -0,55 p.p. Essa queda decorre da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de janeiro. Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,97%, impulsionada por reajustes em Belo Horizonte (6,42% a partir de 1º de janeiro), Campo Grande (6,84% a partir de 3 de janeiro), Porto Alegre (6,45% em uma das concessionárias a partir de 1º de janeiro) e Rio de Janeiro (9,83% a partir de 1º de dezembro). O subitem gás encanado (0,49%) refletiu o aumento de 4,71% no Rio de Janeiro a partir de 1º de janeiro, além da redução de 1,41% em São Paulo, vigente desde 10 de dezembro.

O grupo de Transportes registrou uma alta de 1,30% em janeiro, influenciado principalmente pelo aumento nos preços das passagens aéreas (10,42%) e do ônibus urbano (3,84%). Os reajustes nas tarifas de ônibus em diversas capitais contribuíram para esse resultado: em Belo Horizonte, o reajuste foi de 9,52% a partir de 1º de janeiro; no Rio de Janeiro, de 9,30% a partir de 5 de janeiro; em Salvador, de 7,69% a partir de 4 de janeiro; e em São Paulo, de 13,64% a partir de 6 de janeiro, incluindo as gratuidades concedidas nos feriados de Ano Novo (1º de janeiro) e do aniversário da cidade (25 de janeiro). Outras cidades também tiveram reajustes: Recife (4,87% a partir de 5 de janeiro), Vitória (4,38% a partir de 12 de janeiro) e Campo Grande (4,21% a partir de 24 de janeiro).

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